"Santas as visões, santas as alucinações, santos os milagres, santo o globo ocular, santo o abismo." (Allen Ginsberg)

15.7.09

Por uma vida menos ordinária

O amor é lindo! O amor é pop! Não é kitsch. É sujo, cheira (e é) forte. Bebe a a dose sem gelo, de um gole só, sem engasgar. Um trago só, só um trago. Não tem um coração partido, tem um coração explodido, dilacerado, por um meteoro. Tiro ao alvo. It's hard, very hard. E, ainda assim, bem humorado, risível e, quem diria?, romântico. Sem ritmo. Bomba relógio prestes a explodir, perseguição implacável, sequestro premeditado, anjos caídos e desnaturados. 15 minutos de fama, tequila, karaokê num botequim de velho oeste. Cara, o quê? Amor perfeito. Dançar Beyond the Sea sobre o balcão, deslizar na pista. Outra cova, cacoete - transposição. Trance and dance. Absurdo, fantasia alucinada, humor dark, tom de invenção. Assalto com classe, refém do acaso, dinheiro no saco de pão. Cédulas como notas musicais ao vento. Sorriso perfeito - extração. It's a letter... A letter of love. Only one my mind. Als bar. Providênca, flecha de cupido, coração perfurado iluminado. O destino tem uma forma estranha de fazer as coisas: o início é perto do fim.
imagem . A Life Less Ordinary, de Danny Boyle, EUA, 1997
texto . Matheus Matheus